sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sobre mim 2010 parte 01

Começo hoje a sessão "Sobre Mim" 2010.

Talvez eu não tenha terminado as postagens sobre meus tempos de escola, sobre tantas outras coisas... mas não farei isso agora.
Infelizmente, quem gosta de rir com o que escrevo talvez se decepcione, ou ria mesmo assim. Mas minha intenção principal no momento não é fazer rir. [se acontecer tudo bem...]
Falo hoje sobre o "meu eu musical", talvez falte alguma coisa pra dizer [com certeza] mas já está quase na hora de dormir e estou com "gosto de gripe" na boca, uma moleza... acho que vou adoecer.

Meu eu musical: Desde muito pequena gosto de música. Cresci em um ambiente com música sempre presente. Meus pais tinham [e ainda têm] muitos LP's. Tem LP dos mais variados estilos... tem de Toquinho, Vinicius de Moraes, Antonio Carlos Jobim, James Taylor, Gal Costa, incontáveis discos de Djavan, Chiclete com Banana, Moraes Moreira, Luiz Gonzaga [boa parte foi dos meus avós], Fagner, Roberto Carlos... Passaria o resto da noite só citando artistas. Fora as fitas cassete, ou no rádio mesmo, tantos e tantos outros artistas.
Aos 3 anos eu sabia a letra de Azul de Djavan, e amava essa música.
Na rua atrás da casa onde morávamos havia uma boate, e eu chorava quando passava uma música lenta.
Aos 7 anos eu fazia o "som" de uma música, sem realmente cantar, e meu pai disse que tinha gostado. Eu fiquei com tanta vergonha que desde esse dia nunca mais cantei na frente dele. Às vezes ele diz "eu nunca te vejo cantar...". Mas eu desconverso. Eu não sei porque. Eu sou estranha, eu não canto na frente dos meus pais, ou de quase ninguém. Eu tenho muita vergonha.
Ainda na escola primária, eu não gostava do que os meus amigos da escola gostavam. Até tentei...
Eles ouviam Sandy&Junior, Chiquititas [acredite se quiser] e outras coisas mais que nem lembro... Claro que passei pela fase do "Gera Samba" que virou "É O Tchan", mas eu não ficava ouvindo isso, nem vivia para cantar e dançar isso. É aquela coisa... todo mundo ouve, você acaba absorvendo por tabela.
Acredito que foi aos 10 anos, quando eu estava na 5ª série [6º ano], ou foi antes eu não lembro, meu pai chegou em casa com um CD de Mozart. Eu ouvia vezes e vezes seguidas e amava, ainda amo. Quem na minha escola, quem dos meus amigos ouvia isso na época? Nenhum deles. Mas eu não me sentia deslocada, excluída nem nada disso. Na verdade eu não sei bem porque mas as pessoas costumavam gostar de mim e eu me dava bem com todos.
Acho que a verdade é que eu sou uma anormal fantasiada de gente normal. E quando as pessoas realmente se aproximam dizem "tu tá tão diferente!" COMO SE ALGUMA VEZ JÁ TIVESSEM ME CONHECIDO.
Mas, continuando, gosto e sempre gostei de música. De quase todos os estilos. Não gosto muito de definir os estilos... Não importa se é instrumental, se é funk, sertanejo, rock, a música tem que me "dizer algo".
Tem música que é tão triste que me faz bem ouvir. Tem outras que são alegres e me fazem querer flutuar. Outras a vontade que dá é de quebrar algo, ou simplesmente chorar.
Músicas têm cheiro, sabor, cor, forma. Lembram momentos inteiros, ou me faz imaginar algo que poderia acontecer. Me transporta pra outro mundo. Me faz lembrar de rostos, de palavras, de sorrisos.
Se eu pudesse escolher um dom, eu queria o de cantar. Tocar algum instrumento também seria uma boa... principalmente piano. Na minha opinião o som mais lindo!
Muitas das músicas que meus pais ouviam quando eu era criança eu só vim gostar de uns tempos pra cá, como por exemplo Fagner, Guilherme Arantes, João Bosco. É como se eu estivesse descobrindo esse povo agora. Ainda bem que meus pais são esses que eu tenho. Cada dia que passa eu agradeço mais por ter eles. Por tudo que eles fazem, pelas pessoas que são, mesmo com todos os defeitos eu não os trocaria por ninguém nesse universo ou em qualquer outro universo paralelo. Eles me ensinaram a gostar de música e meu muito obrigada do dia vai pra eles! :)

Boa Noite. Até Amanhã. Durma Bem.

Um comentário:

gustavo disse...

gostei muito desse post! Não tive muito incentivo musical assim como imagino que foi contigo, mas minha mãe escutava muito trilhas de novelas. Ainda tenho algumas fitas cassete, dentre outras seleções musicais internacionais sem nome.

Lembro que quando passou uma das duas reprises de "A Gata Comeu" (novela a qual minha mãe tirou meu nome), eu desenterrei a fita com a trilha internacional e não ouvia mais nada hahaha.

Outro fato curioso é que eu sempre escutei Elton John na infância, mas não me tocava que era ele o.O pra você ter uma idéia, eu vim descobrir 'i guess that's why they call it the blues' ano passado (tive até um déjà vu agora). bjos!!