quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Férias - parte I

Como aquelas redações que a gente fazia no fundamental I [porque eu sou chique e não falo primário], vou falar das minhas férias.

Começando por dezembro. Acho que vi Harry Potter em dezembro, mas não lembro oO
De qualquer forma já falei aqui antes, e foi a única viagem que fiz [sem contar o dia 31]. O resto do tempo eu fiquei aqui mesmo, saindo de vez em quando - aproveitando a "adolescência tardia" da minha irmã.

No dia 31 de dezembro viajamos [eu, minha irmã e meus pais] pra João Pessoa, pra passar o reveillon na praia, no show de Geraldo Azevedo. Foi muito bom, como todo show dele é, e 2011 começou muito bem, obrigada.
Vi um personagem que "me persegue" em todo e qualquer evento de interação social em massa. Nunca nem falei com a criatura, mas sinto como se fôssemos íntimos, tamanha é a presença dele na minha vida [bãã], até fazendo papel de figurante nos meus sonhos.

Em janeiro, no dia 13, viajamos [eu, Paloma, Marlyn e Byra] até Recife, pra ver o show de Amy Winehouse.
Chegamos lá na hora do almoço e passamos o resto do dia perambulando pelo shopping. Encontrei o cd de White Lies e ganhei meu dia :) Também comprei o 'Let It Be' e o 'Magical Mystery Tour' <3
Depois de algumas compras e muita comida, fomos pra Olinda.

Lá, já tinha um tanto de gente na fila e tivemos a SORTE [ô glória] de ficar atrás de um grupo de semi-velhos-jovens-velhos que falavam de tatuagens de henna, restaurantes, e embriaguez - tudo isso acompanhado de risadas fungantes e muita catinga de cigarro.
Depois abriram os portões externos e toda a fila bonitinha foi destruída pela falta de organização daquela bomba. E foi nessa nova fila que apareceu mais um velho-jovem-velho que toda piada [assim achava ele] que contava dava uma risada escandalosa. Esse cara tava dissolvendo, com aquele típico bigode de suor e suvaco de açude.

Mas, prosseguindo. Entramos lá no num-sei-o-que do Centro de Convenções.
Nos acomodamos, mas antes passamos no bar. Tive a brilhante ideia de pedir uma cerveja. Por que? Por que meu cérebro não funciona? Cerveja tem gosto de papelão mijado e só desce se antes você tiver tomado algo com gosto de verdade. Além do mais, a cerveja era 4 reais, eu só tomei alguns goles e joguei o resto fora. Decidi que não teria sede, iria me animar por conta própria e que seria simplesmente demais.

Começou o show de Mayer Hawthorne e, para minha surpresa, foi muito divertido. Ele não é bem o estilo de música que eu escuto nem 'empiloro' e eu jamais pagaria um ingresso pra vê-lo, mas eu tava lá mesmo e aproveitei como se fosse o show principal. Muito simpático, tem uma voz legal, animou todo mundo. Gostei.

Depois veio Janelle Monáe. Já tinha ouvido um álbum dela algumas vezes, mas sinceramente, não tinha apelo nenhum pra mim. Era simplesmente mais uma cantora de voz boa que eu não gosto das músicas, ponto... Eu já tava lá mesmo... Empilorei, gritei, dancei [na medida do - pé tronxo espremido na multidão - possível]. Achei uma performance legal, embora eu não iria pra um show se fosse só ela. O pessoal deu uma pirada legal e eu tava tão animada que nem me importei de não conhecer as músicas nem com aquele momento "vou pintar um quadro por que sou pseuda" no palco. Tá, pintar no palco. Legal. Desnecessário. Mas ela é simpática, canta bem e animou o povo, pra mim foi válido. [não gosto dessa expressão "bãbãbã é válido, mi.mi.mi.]

Em seguida veio quem eu tanto esperava. Amy Winehouse. Comprei o ingresso por causa dela. To cagando pra o que ela faz, se cheira, se injeta, se come pó na colher. Isso pra mim é problema dela. Quem sou eu pra julgar quem quer que seja?
Eu quero saber que ela tem a voz maravilhosa, tem músicas muito boas e quem se importa se ela erra a letra, enrola outra parte? A música é dela, a apresentação é dela. Vai ver quem quer. Só não espere que todo mundo seja aquilo que você espera. Patético.

Uma coisa que não gostei: idiotas que foram pro show só pra gritar e ver algum desastre acontecer. Ela não podia pegar no copo que o bando de jumentos relinchando [desculpe a ofensa aos animais, eu sei, não é justo] gritava extasiado. Além do mais, a área vip era enorme, e tava meio que um espaço bem vazio. As pessoas da área vip em sua maioria conversava e tinha gente até de costas pro palco, provavelmente falando sobre a cana que tinha tomado no fim de semana anterior, sobre o show da banda 'cuscuz com manga' ou ainda sobre a 'nega' que tava pegando.

Mas o show foi muito bom [pra mim]. Eu achava que ela era chata, ia mijar na plateia e mandar todo mundo se f***er. Nada disso. Feliz, saltitante, até caiu, tadinha, depois de tentar sambar. Sorria, dançava, cantava, beijou o povo da banda. Certo, saiu do palco algumas vezes, e deixou a banda tocando e cantando. A voz daquele cara é simplesmente demais.
No final quando eu achava que já tava acabando ela ainda voltou e encerrou com 'Love is a losing game' e me derreteu.

Valeu cada centavo, cada aperto passado perto da grade, toda a 'lama' do pessoal que tava sem camisa, todo os fuás com creme fedido que ficaram na minha cara, a metida a xadrezinha que tentava passar pra minha frente, o casal que montou uma barreira protetora pra ninguém encostar nos filhos ADULTOS, os garçons burros tentando passar pelo meio do povo, os achismos visuais que tive [deixaquieto], o cansaço na rodoviária na volta pra casa.

Por falar em volta pra casa. Depois de muito esperar, conseguimos um taxi. O motorista super falante e com uma dicção muito complicada [pra não dizer impossível de entender] acompanhada da surdez de Byra renderam boas risadas no banco de trás.
Ele foi por um caminho muito sinistro e eu já tava me despedindo mentalmente da minha família, amigos e etc. "Lascou tudo, mori, morri" pensava eu, no auge do delírio do meu cérebro viajante. [drama infinito]

Na rodoviária, de 2h e pouco da madrugada até 7h30, deu tempo de comer o queijo quente com toddynho mais caro da história, assistir o final de Efeito Borboleta dublado, dormir na mesa da lanchonete, ouvir música dance genérica, se lavar no banheiro e ficar de quase mau humor até a hora do ônibus finalmente sair. Chegamos 11h30 e dormi o dia inteiro. Acordei, tomei banho, comi e dormi de novo... acordando no dia seguinte de meio-dia.
Preciso de outra dessa! :)

As férias só tavam começando.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Breve balanço do ano de 2010

Começou com uma festa que parecia carnaval, embora por dentro eu tivesse meio que no dia de finados.
1º de janeiro teve um toró daqueles, com direito a raios, trovões e ruas alagadas na cidade da minha família, onde eu estava. Voltei pra casa e tava um clima bem esquisito de domingo, embora fosse sexta.

Bom, o mês de janeiro foi um lixo, eu devo ter emagrecido uns 5kg, entre amizades [assim achava eu] perdidas, problemas pra descobrir o que eu queria fazer e outras questões da minha mente hiperativa. Eu tava num clima muito bizarro, ouvindo 'Born under a bad sign' [Richard Hawley], 'Heartbeats' [com José González] e toda a fossa de William Fitzsimmons. Fiz duas novas amizades que meio que me salvaram da minha psicopatia.

Em fevereiro eu e minha irmã viajamos no carnaval pra casa de Tyz, o que foi muito divertido como sempre, foi ótimo pra melhorar meu ânimo. Teve meu aniversário, as coisas ainda estavam muito estranhas, mas com clima de que iriam melhorar. Comecei a fazer inglês. Meu cérebro hiperativo e minha preguiça de existir ainda me dominavam e eu realmente não lembro de muita coisa que fiz nessa época.

Em março, eu comecei minha terceira faculdade, dessa vez querendo concluir o curso, mas meio perdida ainda sobre o que vou fazer com isso. De qualquer forma deu uma reviravolta em tudo, comecei a me sentir melhor, conheci gente nova... enfim, comecei a fazer algo de útil com meu cérebro.

Em abril, tive outra baixa, mas sinceramente... pensando sobre isso agora, eu nem consigo mais ver sentido em nada daquilo, não que alguma vez eu tenha visto.

Maio e junho foram dois meses que eu fui simplesmente passando por eles. Nem me lembro o que fiz nesse tempo. Não fui pro São João, nem pra festa nenhuma.

Acho que os 6 primeiros meses de 2010 se resumiram a Dexter, LOST, overdose de música e muita internet.

Em julho eu tava de férias e também não lembro o que fiz.

Em agosto teve a formatura de Marlyn e de Byra e foi muito divertido. Depois disso, Byra ficou oficialmente parte do grupo da gente, o que animou mais as coisas, já que ele não é deprimido como eu e meus outros amigos #charliebrownfeelings. Comecei a fazer italiano.

O que teve em setembro? Acho que nada, eu não lembro :s
Eu sei que as coisas começaram a melhorar e foi tomada a decisão que iríamos nos mudar de casa.

Parece que o ano começou mesmo foi em outubro. Nos mudamos de casa, e melhorou tudo [pelo menos pra mim]. Por causa de um trabalho da faculdade, a gente começou a sair pra ver uns shows de bandas daqui da cidade e foi muito divertido. Conheci gente muito legal. Minha irmã finalmente descobriu como é bom sair com os amigos, o que facilitou as coisas pra mim, já que antes eu não tinha muita companhia.

Em novembro, já de saco cheio com tanta coisa da faculdade, começamos a sair ainda mais. Comecei a fazer parte de um projeto como voluntária [foi em novembro mesmo? não lembro] e foi muito divertido.

Dezembro foi estranho, como é todo mês de dezembro... mas saímos mais. Férias, queria o que? Ah! Ganhei 4kg! Pela primeira vez na vida estou pesando 46kg. bãã

obs: parei de fazer o italiano, porque não tava dando conta de tanta coisa pra fazer. O problema não foi bem a quantidade de coisa, mas minha preguiça e minha falta de organização.

2010 não foi um ano 'nossa, que fantástico!' mas foi excelente se comparar com 2009. Fiz boas amizades, conheci tanta gente legal, aprendi coisas novas, fiz tanta loucura, me diverti, chorei um bocado, aprendi com meus dramas, continuei errando, descobri tanta coisa sobre mim mesma e mesmo assim ainda não sei pra onde vou, e gosto disso.

Gosto de ano ímpar [o que é uma grande babaquice da minha parte, analisar as coisas pares e ímpares], acho que 2011 vai ser melhor que 2010.