segunda-feira, 23 de março de 2009

Tempos de escola

Falo agora um pouco sobre meus tempos de escola...

Maternal II: Iniciei minha vida acadêmica aos 3 anos, em 1992, no IPEN - Casinha de Brinquedo. Não lembro de muita coisa desse tempo...
Eu estudava no horário da tarde.
Um dia um dos meninos pregou chiclete no rosto todo. [detalhe: ele usava óculos]
Tinha uma menina que faltava muito e quando ía chorava sem parar; Um menino que queimou o braço com o ferro de passar; Outros meninos gostavam de bater nesse do ferro porque ele era menor; Uma menina que usava sutiã [bustiê]; Outra que era bem maior do que todos nós; Outra bem estranha que quando a gente sorria pra ela, ela sorria bem rápido e depois ficava séria [isso tudo com uma chupeta na boca]; Eu guardei o pior para o fim: um menino, que me lembro bem, que sempre era chamado pelo apelido [ridículo por sinal], ultra manhoso e que nunca, nunca mesmo largava a chupeta... a não ser, é claro, quando ela caía no chão e ele sem dó nem piedade colocava a chupeta de volta à boca, só esfregava bem rápido na roupa, antes de chupar [pra fazer de conta que tinha limpado alguma coisa], essa chupeta caía também na areia e vai saber mais onde! Mas o ritual de limpeza era sempre o mesmo. Esse mesmo menino tinha sempre o nariz escorrendo... aquela espécie de muco bem denso que vai-e-volta. [sem mais comentários!]
Lembro que alguns dias na semana um saco cheio de instrumentos musicais era aberto e a gente podia brincar à vontade... só tinha um problema: eu só pegava a flauta! E eu queria muuuuito a gaita, porque era o instrumento mais bonito e de som mais diferente - Nunca consegui.
Lembro que teve um aniversário e o finado Palhaço Pipoquinha animou a festa [à fantasia e minha roupa era amarela e de tema carnavalesco]. Nesse dia participei de uma brincadeira e ganhei uma boneca de brinde. Eu amava usar meu avental [nas aulas de pintura] e amava o cheiro que ele tinha . A professora era o máximo, mas teve que sair antes do final do ano porque estava grávida [Tia Dora], quem assumiu o lugar, se não me engano, foi Tia Santana, que também era o máximo e com o tempo aprendi a gostar tanto quanto da anterior.

Jardim I: 1993. Foi no Recanto Infantil, Alto Branco, que era onde morávamos na época. Tinha 4 anos. Não lembro quase nada... Tinha uma amigo chamado Leandro que sempre ía acompanhando a gente [eu e minha mãe] no caminho da escola, com a mãe dele. Tinha algumas amigas mas não lembro de nenhuma delas, exceto Maria Antonia... que não tinha muitos amigos e quase ninguém falava com ela porque ela era diferente, eu não entendia porque a maioria agia de forma tão ruim com ela... ela era legal. Lembro que um tal de Mateus fez aniversário e eu dei um helicóptero de plástico de presente, que mainha comprou na extinta Brasileiras. [Até hoje não sei porque tive que dar um presente a ele... fiquei toda por fora na hora de entregar e nem disse nada, só coloquei lá na mesinha dele. Isso me faz rir agora!]
Certo dia sofri uma big queda na hora do recreio e ralei meu joelho. Carrego a cicatriz até hoje!
Também tinha outro amigo que morava em frente à minha casa, acho que o nome dele era Lucas, mas isso é um chute... Tirei uma foto com ele e mais outro: Nunca vi essa foto!
Não fui até ao final do ano, não sei porque... Parece que eu não gostava de ir à escola. Minha irmã ficou me "ensinando" em casa.

Jardim II: No final de 1993 nos mudamos para a granja do meu tio, em São José da Mata, distrito de CG onde meus avós foram morar. Entrei na escola de lá [CNEC] em 1994, com 5 anos, no Jardim II. Estudava pela manhã e detestava acordar cedo. Tinha muitos amigos e gostava de todos eles. Como em toda turma, havia aqueles "excluídos" porque corria o boato de que tinham piolhos. Sempre fui amiga de todos eles e nunca tive piolho algum! No final do ano ficou constatado que eu já sabia ler e escrever e decidiram que eu estava apta para fazer a 1ª série, sem fazer a Alfabetização. Parece que meu pai não gostou muito da ideia, mas eu acabei indo pra 1ª série mesmo assim.

Continua no próximo capítulo...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Eu por mim

Hoje eu estou bem calma e simpática. Isso é raridade nos últimos tempos, mas não quero falar sobre isso... Vou tentar começar a escrever mais no blog... É porque eu sou muito desorganizada! Em tudo. Até pra escrever fica difícil! Acho que quem lê o blog já percebeu isso.

Quem eu sou: Meu nome é Mariana, tenho 20 anos. Moro com meus pais, minha irmã, uma gata e uma cadela. Acho que isso é suficiente.

O que eu faço: No momento não faço nada. Fiz vestibular e comecei a cursar Ciências Sociais. Acho que não fui nem a semana toda de aula. Estava esperando o resultado do outro vestibular, pra medicina. Passei e comecei a cursar. [Isso tudo em 2006] Só que eu caguei tudo, com licença da palavra. Desde o início eu venho achando que tudo vai se resolver sem meu esforço, o que ficou bem claro pra mim, não é possível. Fui reprovada em duas disciplinas no 1º período, o que não é o dim do mundo, e continuei meu curso até que chegou 2008.1, quando eu já estava atrasada uma turma. Eu estava com algum problema, que não consegui identificar no momento e me atrasei mais um período, trancando as disciplinas. Em 2008.2 eu estava em uma turma legal, mas começaram as provas e eu comecei a faltar... Resumindo: eu caguei bonito! Então agora em 2009.1 eu estava decidida a voltar. Fiz matrícula, resolvi tudo lá, estava animada. Mas, caguei tudo novamente. Não vou entrar em detalhes. Nem eu me entendo, não venha tentar entender!

O que eu penso em fazer: Eu sou muito confusa. Gosto de muitas coisas, umas pra tentar fazer e outras só pra admirar. Gostava do curso que fazia e ainda gosto, muito. Também amo desenhar roupas e sapatos e tenho muita vontade de aprender a fazer isso do jeito certo. Mas minha cidade é o ** do mundo e não há cursos, nem ao menos técnicos, nessa área. Em outra cidade não é possível pra mim: a parte financeira pesa.

Algumas de minhas vontades que nunca fiz: Pegar um ônibus e sair sem destino, dentro da minha cidade mesmo, só pra observar...; Assistir a três sessões de cinema seguidas; Ser voluntária no São Vicente de Paula, um local que abriga idosos de minha cidade; Sentar no Calçadão, fazer um lanche e jogar conversa fora; Visitar a APAE; Montar um projeto pra cozinhar pra pessoas carentes; Dar um grito bem alto num local deserto e sozinha; Ir a um show do U2; Pintar o cabelo; Ir a outros países; Ir à Times Square e absorver toda aquela poluição visual; Cantar em um Karaoke; Comer comida mexicana e indiana; Provar tequila; aprender boxe; Aprender a dar boas respostas a quem abusa demais, e que essas respostas sejam educadas; Soltar pipa; Tirar uma foto naquele monumento dos pioneiros no Açude Velho; entre outras coisas...

O que me irrita: Sinceramente burrice é algo que me irrita ao extremo! Não tô falando aqui de erros de escrita, aprendizado de escola (afinal isso não é burrice)... Eu digo burrice, mesmo. O que alguns podem chamar de intolerância, falta de educação, desrespeito, radicalismo, discriminação, entre outras, eu resumo em burrice! Outras coisas: quem chega fazendo barulho pra me acordar! Quer me matar do coração?; Muriçocas, mosquitos, moscas e insetos no geral, bichinhos mais panacas; Comerciais de TV de cerveja, de lojas com aqueles anunciantes que berram as promoções, e aqueles que têm aquelas letrinhas invisíveis pra enganar os bestas; Vendedores metidos a engraçados, tem coisa pior? Tem, quando eles são insistentes e tarados; Por falar em tarado, aqueles mototaxistas (nada contra o profissional) que ficam reunidos esperando alguem passar pra soltar uma piada ou então ficam perguntando se você "mototaxi moça?" e acham ruim quando você não responde. Vem cá, se eu quisesse eu tinha chegado e pedido!!! Aqueles carrinhos que vendem CDs na rua são muito chatos! E o volume é altíssimo e muitas vezes ficam uns 4 na mesma rua, tocando músicas diferentes... E acho que o principal: fumantes! Fumantes me irritam mais do que Galvão Bueno, mais do que todos os narradores esportivos eu-sei-de-tudo reunidos, mais do que as piadinhas do Jornal Hoje, mais do que o Horário Político, mais do que quem "aspira" os dentes com a língua depois das refeições, mais do que os programas de fofoca da tarde, mais do que ônibus lotado. E o pior é que fumantes não têm noção! São ridículos e fedorentos! Eles se incluem na classe dos burros. Como é que alguém paga caro pra aumentar as chances de morrer cedo, doente, ainda mais incomodando os outros? E ainda querem processar as fábricas de cigarro... Ahhh, vai pra lá! (Toda a minha revolta é exarcebada pelo fato de minha mãe ser fumante. Um ponto a favor dela: ela não fuma em hipótese alguma dentro de casa).

Coisas que eu adoro: Sentir o cheiro da palmeira aqui de casa, aquela que tem um "milho gigante"; cheiro de caju que me lembra final de ano; cheiro de roupa lavada; comprar esmaltes; ouvir música; comer pastel de forno (do pastel de cabelo); ter crises de riso; ouvir as pessoas; observar pessoas; ver filmes; dormir com chuva; sair sem pressa de voltar; viajar pra onde quer que seja; conversar...

Curiosidades inúteis: Tenho o hábito de achar engraçado momentos trágicos em filmes e seriados. Bizarro, eu sei. Mas fique claro que não são todos, quer um exemplo? Em Lost, quando o avião tá caindo e o policial que está com Kate é atingido na cabeça por uma maleta, no meio daquela confusão e ele desmaia... ele faz uma cara muito engraçada! Acho que o mais engraçado pra mim são as expressões das pessoas nessas cenas; Quando eu tô desenhando, na parte do rosto, eu fico sorrindo enquanto faço a boca do desenho; Aqui em casa temos mania de fazer caretas e tirar fotos (esquisitos nós somos), enquanto alguem faz a careta pra foto eu fico fazendo também, sem perceber; Eu já joguei papel higiênico molhado no teto do banheiro da escola; Eu tinha mania de pegar as listas de presença da sala (na escola) depois de assinada e levar de recordação pra casa; Aqui em casa tem um CD de Rouge! (bom, pelo menos tinha...não sei se tem mais); Eu nunca tive piolhos; Já fui bicada por um ganso no braço quando tinha 5 anos. Sério!; Já peguei uma briga na escola, quando tinha 7 anos e fazia a 2ª série, porque as minhas "amiguinhas" disseram que eu disse que estava sem calcinha...Pois é, puxei muitos cabelos de muitas cabeças nesse dia; Aos 2 ou 3 anos eu estava andando de velocípede quando "perdi o controle da máquina" e desci um lance de escadas de aproximadamente 10 degraus e dei com a testa no chão (juro que lembro até hoje da imagem que eu tive quando cheguei lá embaixo); Aos 7-8 anos eu escorreguei em uma pilha (uma bateria) e bati a quina da testa (bem científico) no torno de madeira da minha cama: tive derrame no olho e nem se tivesse levado uma porrada tinha ficado com o olho tão roxo-verde-preto; Já viu que sou fera em pancadas na cabeça, mas ainda teve outra: acho que aos 9 eu estava na rede (diga-se de passagem a melhor rede da varanda) e não queria que ninguem sentasse nela... saí da rede pra ir à cozinha, voltei no meio do caminho e quando vi minha irmã estava nela! (Drama) corri pra sentar na rede, só que ela estava em movimento e meio que me deu uma "rasteira nas pernas" bati com a parte de trás da cabeça no chão... bem legal!; Eu nunca dei um murro em alguem; Nunca fui assaltada, graças a Deus!; Quando tenho medos irracionais eles geralmente se manifestam com a imagem de um anão ruivo de cabelão, com sardas e olhos verdes, ele usa roupa preta, uma túnica. (Não que eu o veja, mas o imagino). Estranho!

Eu não sou normal... ainda bem.

terça-feira, 10 de março de 2009

Reclama mais!

Lá vem o Jornal Hoje e sua previsão do tempo...
É dito:
"- A chuva no final da tarde ajuda a refrescar, o problema é quando chove demais, não é Fulana?!
- É sim. blá blá blá..."
Problema. Sabe qual é o problema? Quando você anda bem bonitinho no seu carro ou anda de ônibus e joga pela janela seus grudes, o SEU lixo que deveria ser jogado em uma lixeira [óbvio].
Lixo esse que: vai entupir
os bueiros4chove4a água não tem por onde correr4ocorrem as enchentes. E aí você mete o pau na chuva, mete o pau no governo, que tal culpar Deus? É, é uma boa opção... talvez se nunca mais chover você fique mais feliz!
Se faz sol, reclama! Se chove, reclama! Há quem nunca esteja satisfeito.
Parece que quem mais reclama é quem menos faz pra melhorar a situação. Quem mais reclama é aquele que culpa Deus e o mundo por tudo, quando o problema está nele mesmo. Quem mais reclama é quem menos tem motivos pra viver se queixando. Sabe por quê? Porque quando algo realmente incomoda, a gente tenta, pelo menos tenta, reverter.
Isso serve pra tudo na vida, desde comentários idiotas que nós fazemos, a atitudes que podem fazer de nós, seres humanos melhores.