terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

nota

"Você veio atrás de um conselho, mas não consegue lidar com nada que não conheça. Humm. Então temos que dizer algo que você já esteja cansado de saber, fazendo com que pareça uma novidade, né? Bem, o de sempre, suponho."

[Douglas Adams - Praticamente Inofensiva]

domingo, 26 de fevereiro de 2012

that's all, folks

Andrew Largeman: Fuck, this hurts so much. 
Sam: I know it hurts. That's life. If nothing else, It's life. It's real, and sometimes it fuckin' hurts, but it's sort of all we have.


[Garden State (2004) - a film by Zach Braff]

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Madrugada

03h59 É possível morrer por privação de sono, né?

04h04 Preciso de papel pra desenhar.

04h10 Eu costumava ser uma pessoa gentil. E que dormia durante a noite.

04h14 Esses fones são azedos. Cheessas. Parece que to ouvindo música dentro de um cano bem distante.

04h16 Briga de gatos lá fora. Ou qualquer coisa envolvendo gatos. Juliette deve estar no meio, aquela delinquente.

04h21 Meu aniversário tá chegando. Numa terça-feira de carnaval. E ninguém vai me dar parabéns, porque vai estar todo mundo ocupado em seus carnavais. [Nossa, que coisa importante. E que carência, hein?! Ah, me deixa, é bom ser lembrada]

Ouvir Sia, as 04h25 [não importa a música] não é algo muito saudável pra se fazer. E se a música for Breathe Me, desista. Sanidade pra que mesmo? Me diz.

E no dia 16/01 eu anotei: "essa história de se sentir mal já tá perdendo a graça". E não é que hoje, praticamente um mês depois, parece que ainda tem graça? E muita, porque vou te contar... Ah mas se eu fosse contar. E se eu fosse publicar todas as notinhas que eu escrevo. E se eu fosse explicar cada uma delas. E se a Warner passasse filmes legendados à tarde. Não, deixa pra lá.

04h36 É porque é algo que vem junto comigo, sabe? Deve ser algo na temperatura do meu sangue, ou, sei lá, na espessura dos meus tornozelos. Aquela tendência de sempre acabar lidando com aquele tipo de pessoa. Sabe aquele tipo de pessoa que nos tempos de escola pedia suas canetas coloridas e brilhosas emprestado ["é só pra fazer um enfeitezinho aqui no meu caderno de biologia, só pra desenhar as células bem bonitinhas"] e escrevia textos, até mesmo cartas com mais de duas folhas, com as suas canetas coloridas e brilhosas. Eu disse folhas, e não páginas. Quédizê.

04h46 Ok. Pausa pra falar mais uma vez desses fones. São tão bons que tá dando destaque pra um cara totalmente desconhecido que tá fazendo a segunda voz aqui em Lentil de Sia. Enquanto a voz dela tá dentro de uma lata em um galpão escuro e úmido dos anos 80. Acho que Luciano [Zé-di-Camargo-e-Lu] apreciaria.

Até que tá divertido ficar acordada hoje. Nos outros dias eu só fico lendo [pra quem estiver interessado, estou lendo Memórias da Casa dos Mortos de Dostoiévski/Dostoyevsky/... - Sim, eu fui googlar, carinha pra ter problemas em definir o nome. Enfim, o livro trata de memórias de um cabra que foi preso, na Sibéria, em tempos bem remotos pra lá de num sei quando. Eu recomendo.] e quando canso de segurar o livro, ou de ficar me virando pra um lado e pro outro a cada virada de página, eu apago a luz e fico pensando uma infinidade de merda que só serve pra que eu acabe por não dormir e veja o dia clareando.

04h58 E por falar em dia clareando, é interessante observar como cada dia que amanhece tem uma cor diferente. Ontem por exemplo, tava tudo meio azulado, já no outro dia amanheceu tudo meio sépia.

05h02 Os passarinhos já começaram a se manifestar. E o post tá grande. Tá bom por enquanto.
Boa noite-dia, Durma-acorde bem, Até amanhã-mais tarde.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

É.

"- E de que adianta me mostrar uma coisa que eu não posso ver?
- Para que você entenda que só porque consegue ver uma coisa não quer dizer que ela esteja lá. E, que, se você não vê uma coisa, não significa que ela não esteja. Tudo se resume ao que seus sentidos fazem com que você note."

[Douglas Adams - Praticamente Inofensiva]

sábado, 11 de fevereiro de 2012

domingo, 5 de fevereiro de 2012

análise

De ontem [04/02] pra hoje [05/02], sonhei que tinha chegado em algum país da Europa e fui andar na rua. Fui comprar um milho cozido e descobri que tinha esquecido de trocar todo o meu dinheiro em Real por Euro. Aí o homem devolvia o milho pro caldeirão, dizia que infelizmente eu iria ficar na vontade e me dizia onde tinha uma casa de câmbio.
Eu ficava preocupada, porque agora todo mundo na rua ia ver que eu tava cheia de dinheiro...
De repente eu estava numa premiação, acho que era o Emmy, aparecia Javier Bardem de roupão, mal humorado, anunciando o prêmio de melhor ator pra Jon Hamm. Ele deixava o prêmio [que na verdade parecia um Grammy] enrolado com papel, em cima de uma mesa de cabeceira e saía com uma taça de alguma coisa, usando meias e chinelos.

Mas isso não importa, o que importa é que eu tava pensando em como as coisas são. "Destino, por que fazes assim? Tenha pena de mim..." - Oquêi, sou draminha. Mas dê um desconto, estou mais uma vez na TPM e venho aqui... blá blá blá.
Sim, mas continuando, eu tava pensando... Sentir falta é tão pouco, mas é tanta coisa. Por mais nada a ver, por tempo, por situação, enfim.

Eu sei é que eu tava fazendo meu prato essa semana e minha mãe tava na pia fazendo algo. E eu realmente tava estranhando o fato de ela não ter perguntado nada durante tanto tempo, mas enfim ela perguntou, e, claro, eu, que nem tava mais pensando nisso, tive que responder e ela respondeu algo meio surpresa e perguntou o porquê. Olha, não sei o que é, nem quando e onde tudo desandou entre mim e minha mãe, mas o negócio é que eu não consigo conversar com ela, não dá, eu tento, mas não dá pra ser amigas e compartilhar as coisas. Então só respondi "por favor" e saí.

A questão é que ela tocou num ponto que eu achei que EU não estivesse nem aí, sabe?! E realmente estava levando tudo numa boa. Só que depois disso fiquei triste. E aí veio aquela análise "Estou triste, ok. Por que mesmo?"
Porque acontece. Você não controla tudo. Você não está triste por alguém, você está triste com a situação. Porque fins de ciclos são incômodos, é a quebra de algo que tinha e agora não tem mais, não importando o tempo.
E aí que depois de analisar tudo, você percebe que tá overreacting agora, porque antes você não estava na TPM [maldita miserável] e aí você se acalma e sente alívio.

Mas fico impressionada mesmo é com o timing da minha mãe. Sério, a capacidade de adivinhar o momento mais tranquilo pra perguntar algo.
É assim, as coisas têm que acontecer de bolo, que é pra ser mais bonito e saudável.