quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Continuando ontem e hoje

Indo para o Centro: Ontem, cheguei no ponto de ônibus, dei boa tarde, e recebi olhares que diziam: "alien!!!".
Pensei comigo mesma, "tudo bem..."
Sentei no banco e comecei a prestar atenção à conversa das duas mulheres extremamente educadas. A mais nova [devia ter uns 50 anos] tinha os cabelos cor de vinho, sobrancelhas bem finas, as unhas das mãos e dos pés muito bem pintadas e era coberta de joias. A segunda era mais velha um pouco, talvez tivesse uns 60 anos e falava alto.
Pelo que eu pude perceber, as duas se conheceram naquele dia, naquele banco, naquela hora, mas pela facilidade com que trocavam confidências pareciam ser amigas há séculos.
A de cabelo vermelho é bem falante, professora da Rede Estadual de Ensino, mora em Recife e vem toda semana dar aula. Tem um único filho. O filho tem 22 anos, casou 15 dias atrás, passou a lua de mel em Fortaleza, é marinheiro e está tentando ser cabo [não sei como funciona isso]. A esposa do filho tem 20 anos, não tem família, não conheceu os pais, não se dava bem com o irmão de criação e segundo a mulher de cabelo vermelho "ela era sozinha no mundo".
Ela continua e diz que os dois estão morando em Natal, que até hoje ela está chorando pelo casamento [pois ele é filho único] e que o desejo dela é de que os dois sejam muito felizes. O casamento teve 350 convidados e ela ainda está cansada da festa. Ainda tem presente pra abrir e eles ganharam muita coisa.
A segunda mulher fica só concordando e dizendo aquelas palavras de sempre. Pelo que pude entender ela tem filhos, e parece que um deles, não quer muita coisa com a vida.
O ônibus demora muito, sobem 4 ônibus da mesma linha e nada de descer 1 pro Centro.
Chega uma senhora muito educada e sorridente e dá boa tarde, fui a única a responder. Me sentei mais perto da mulher de cabelo vermelho mas a senhora simpática me agradeceu e disse que não queria sentar. Chega outra mulher e dá boa tarde, eu e a senhora simpática respondemos. As duas mal educadas continuam a conversa e a de cabelo vermelho diz que "A partir de agora meu filho, não conte comigo, você tem seu dinheiro, seu emprego, se precisar de algo eu ajudo, mas você não depende mais de mim. O dinheiro que eu ganho é pra me cuidar, não é pra dar a neto nem nada disso. Quero minhas unhas sempre feitas, meu cabelo, sobrancelha, maquiagem, quero ser uma daquelas velhas bem enxutonas!"
Ainda sei que essa mulher morou 26 anos aqui em Campina Grande, mas tem um sotaque carregado de quem morou em Recife a vida toda. Ela diz que Campina Grande é um bom local pra se morar, trabalhar e que o clima daqui é muito bom.
Mesmo com toda a variação de tempo, eu tenho que concordar com ela. Basta comparar com o clima de João Pessoa, lá é extremamente quente, úmido, abafado... uma estufa! Gosto daqui.
Elas continuavam a falar, até que finalmente o ônibus chegou. Fui sentada do lado do sol e esqueci de colocar o filtro solar. ¬¬
Chegando ao Centro, fui até a loja da mãe de Thuanny, onde eu entreguei o presente de Natal e colocamos parte das novidades em dia.
Fomos andar no centro, procurar esmaltes, e depois viemos pra casa dela. Queza, a chihuahua dela me reconheceu! Ela é tão engraçada! :)
Tentamos assistir "He's Just Not That Into You" mas ele estava travando e decidimos assistir "New Moon". Foi a versão do cinema mas era legendado e só duas cabeças andaram pela tela durante o filme. Não tinha ninguém tossindo como em "Shrek 2" e a imagem não era tão ruim, deu pra assistir legal.
Enfim... fomos dormir quase 04h d manhã e acordei com o celular tocando, era Shirley. Não atendi, tava com muito sono...
Ela vem pra Campina hoje à tarde, mas acho que nem vou vê-la. :/
Depois escrevo mais!

Boa tarde.

Nenhum comentário: