quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Uma linha por dia

Ontem fui até a biblioteca ajudar a carimbar uns livros. Folheando um que era só de desenhos de Tarsila [desenhos com grafite mesmo, a maioria deles só o rabisco], vi algo que resolvi anotar, porque anoto tudo pra fazer depois, mas não faço metade do que pretendia e muitas vezes perco as anotações, mas enfim, dizia "nulla dies sine linea" (Apeles, pintor grego, século IV a.C.) "Nenhum dia sem um linha".

Eu deveria tentar isso. Fazer um rabisco qualquer todo dia, sobre qualquer coisa, ou sobre nada. E acho também que deveria escrever todo dia. Uma imbecilidade qualquer, só pra não perder o hábito mesmo. No caso da escrita é mais complicado porque sempre vem à mente as aleatoriedades mais aleatórias possíveis e nunca consigo encaixar em algo que me dê vontade de escrever.

Como por exemplo o fato de eu ter sonhado com a versão infantil de Don Self service de Prison Break, sentado embaixo de uma árvore junto com Rony Weasley, enquanto Harry lutava com Draco numa ladeira e eu fugia de Lucio Malfoy por passagens secretas que iam dar em umas janelas estreitas azuis de uma fazenda que eu não conheço.

Ou como eu acho aquele tio uma mistura de Tio Patinhas com Renato Aragão, e como toda vez que vejo aquele sacola preta pendurada acho que é Wendy, embora saiba que não seria possível Wendy estar just chillin' ali, na parede, a um metro e meio do chão. Onde eu poderia encaixar isso se não em um texto sobre "não saber onde encaixar isso"?

É só aquela necessidade de colocar tudo pra fora. Vou tentar, nem que seja só meia linha, todo dia.

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